Quem não
gosta de observar a lua? A bela lua que encanta tantos casais em filmes
românticos e protagoniza os mais belos
beijos entre protagonistas. A mesma lua que pode dar aos filmes de
terror as cenas mais aterrorizantes, que acorda os lobisomens e é usada como
única luz para iluminar os vampiros que vagueiam pela noite atrás de sua
próxima vitima.
Mas não
vamos falar de qualquer lua, mas sim do fenômeno Lua azul. E não, antes que perguntem a lua não fica
tingida de azul. O termo se refere à segunda lua cheia no mesmo mês, quando a
mesma completa sua órbita antes do fim
do calendário.
No último mês de agosto houve a lua cheia no dia
2 e ela reapareceu no dia 31. O porquê disto ocorrer? O ciclo da lua leva em
torno de 29,5 dias enquanto os meses do calendário – exceto o mês de Fevereiro
– duram 30 ou 31 dias. Por isso, quando a primeira lua cheia ocorre no início
do mês, há a probabilidade de se repetir no fim do mês.
Não é um
fenômeno tão raro quanto um eclipse, conseguir ver Marte ou qualquer outro
planeta. Ele ocorre em média uma a cada três anos, alguns anos não contendo
nenhum. O astrônomo Julio Lobo disse: Não há nenhuma mudança particularmente
significante associada a esse evento, mas as luas cheias são bonitas de se ver,
instigam romance e sensações de bem estar", afirma ele, "Por isso é
sempre especial quando temos mais que uma".
A última
vez que foi possível ver uma lua azul foi no dia 31 de dezembro de 2009 e a próxima
deve ocorrer em julho de 2015. Já em 2018, o fenômeno deve ser duplicado: ao
invés das 12 luas cheias, o ano terá 14. Isso acontece quatro ou cinco vezes a
cada século.
O termo foi registrado pela
primeira vez em um panfleto de 1524. Desde então, a expressão 'uma vez a cada
lua azul' (once in a blue moon), passou a significar uma ocorrência rara.
"Na idade média os cavalheiros costumavam cortejar as damas falando isso:
me casarei com você em uma lua azul. Ou seja, papo-furado não é uma coisa
recente", brinca Lobo.
Na verdade
a lua azul realmente existe, só que bem mais rara. Uma das últimas luas realmente
azuis a serem registradas ocorreu após a erupção do vulcano Krakatoa, na
Indonésia, em 1883. Considerada a maior erupção vulcânica da história moderna,
despejou poeira na atmosfera equivalente a uma explosão de 100 milhões de
toneladas de dinamite, ou a uma bomba nuclear de 100 megatons. O impacto foi
tamanho que, anos após a erupção, a lua ainda apresentava um tom azulado. Não
há, porém, previsão de que o fenômeno se repita. "A menos que o mundo
realmente acabe em 2012, as chances são mínimas", corrobora o astrônomo.
Uma data
rara e que geralmente desperta o amor, a última lua azul atingiu o recorde de
pedidos de casamento no mesmo dia chegando a 32.872 pedidos a luz da lua. Algo
um tanto romântico, mostrando que talvez ainda exista um pouco de romantismo no
mundo.
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