Crítica referente ao filme “BATISMO DE SANGUE”
O filme 'Batismo de Sangue', do mineiro Helvécio Ratton foi
inspirado no livro de Frei Betto. O filme mostra a participação de freis
dominicanos na luta contra a ditadura militar no Brasil, no final dos anos
1960, anos estes marcados pelas lutas em meio à repressão, dentro e fora do
Brasil.
‘Batismo de Sangue' mostra um período de grande sofrimento
dos freis nas mãos da Ditadura, com uma lição de fidelidade aos ideais de uma
geração que apostava em um país melhor. Ratton opta em centrar sua história
basicamente no processo de tortura, tanto física quanto psicológica, que estes
freis são submetidos.
‘Batismo de Sangue’ evoca a liberdade, ao mesmo tempo em que
revela uma história recente, ignorada por muitos e escondida por uma elite
governista. A ditadura traz tristes recordações, mas ao mesmo tempo marca um
período em que o conformismo cede lugar à luta e à convicção de que cada
indivíduo pode contribuir para transformar a história.
O filme tem muitos pontos que merecerem destaque. Ratton,
que viveu esse período da história e participou ativamente da luta contra a
repressão, decidiu filmar Batismo de Sangue com alto grau de realismo, para
mostrar toda a intensidade dramática e física daqueles acontecimentos. As cenas
são fortes, chocantes. Incomodam e nos fazem refletir sobre a baixeza do ser
humano, que pode chegar ao ponto de encher um semelhante de pancadas para obter
informações que possam mudar o rumo da história.
‘Batismo de Sangue’ nos leva a refletir:
Se vivermos hoje numa democracia, muito devemos a esses
jovens idealistas que não tiveram medo de enfrentar seus opressores e lutar
pela liberdade. Entendemos que existem falhas no atual processo democrático, é
evidente, mas que todos, principalmente as gerações mais jovens, tenham sempre
em mente que a pior das democracias é preferível à melhor das ditaduras.
Ass: Galo Mamífero
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