sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A invasão Anglo Americana ao Iraque e suas consequências



Após a transferência do governo do Iraque para a administração provisória nomeada pela ONU, em junho de 2004, os EUA, liderados por George W. Bush, deixaram, aos olhos da opinião pública mundial, a forte impressão de que já vão tarde.

Iniciada em março de 2003, a ocupação anglo-americana do Iraque foi uma verdadeira comédia de erros, com direito à ressurreição dos fantasmas do Vietnã e a uma queda vertiginosa da aprovação do ataque pelo próprio público norte-americano. Três motivos ajudam a explicar o descrédito por que passaram os EUA nos momentos finais da guerra, e consolidado no final de junho, quando o xeque-presidente Ghazi Ajil al-Yawar assumiu o controle político do país.


Em primeiro lugar, o atropelo com que a decisão de atacar o Iraque foi tomada pela coalizão EUA-Inglaterra, apoiada na alegação, ainda não comprovada, de que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa. Para não mencionar que essa iniciativa passou por cima daquela que, teoricamente, seria a instância mundial maior na deliberação desse tipo de operação: o Conselho de Segurança da ONU.

Além disso, em meados de 2004, jornais do mundo inteiro dedicaram suas manchetes às notícias de que havia sido descoberta a prática de tortura na prisão de Abu-Ghraib, destino dos iraquianos presos pelas tropas americanas. Ironicamente, era lá que Saddam Hussein executava cerca de 6000 presos por ano, com requintes de crueldade.

Por último, para tornar ainda mais melancólica a retirada política dos EUA do Iraque - a ocupação militar continua até dezembro de 2005 -, a comissão que investiga os atentados de 11 de setembro de 2001 chegou à conclusão de que não há "provas confiáveis" de ligação entre Saddam e a rede terrorista Al Qaeda. Essa afirmação demole a segunda justificativa americana para os ataques, isto é, a alegação de que eles faziam parte de sua campanha global anti-terror.



Jovem iraquiano encanta o mundo com a sua voz


Emmanuel Kelly naturalizado cidadão australiano, vítima da guerra — que o deixou mutilado — participa de reality show (X Factor, uma espécie deAmerican Idol) na Austrália, e encanta com sua voz e sua história.
E cantando Imagine, de John Lennon.
Emmanuel Kelly, nasceu no Iraque e, ainda bebê, sem documento algum, foi encontrado por freiras ocidentais junto com o irmão, Ahmed Mustafa, em uma zona de guerra após a invasão anglo-americana do país, em 2002.
Ambos apresentavam graves deficiências físicas — Ahmed Mustafa sofreu amputação em parte dos quatro membros, Emmanuel perdeu parte dos dois braços e uma perna,  — "A heroína" que muito se esforçou por lhes mudar a vida, contou Emmanuel à televisão australiana, ia só custear as intervenções cirúrgicas que os irmãos precisavam para minorar as deficiências físicas, ainda hoje visíveis. "Foi como se visse um anjo, quando a minha mãe Moira Kelly entrou no orfanato", contou.  Moira Kelly é uma professora australiana militante de causas humanitárias e dirigente da fundação de apoio a crianças órfãs ‘’Childrens First’’( crianças, primeiro).

Apesar de ter sido eliminado do reality show por ter-se esquecido de parte da canção que apresentava, Emmanuel tornou-se popular na Austrália e um fenômeno na internet em todo o mundo, tendo um de seus vídeos mais de 9 milhões de acessos.

Emmanuel Kelly (centro), com seu irmão Ahmad e a mãe adotiva, Moira






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