África e seus Diamantes de Sangue

Que mulher nunca quis ter um diamante? Quanto maior, melhor. O problema é que esse diamante pode acabar acarretando uma séria de problemas ou até mesmo perdas, como familiares, membros, ou até mesmo a vida. 

Um diamante de região de conflito é roubado ou garimpado ilegalmente, e depois vendido com o objetivo de arrecadar dinheiro para grupos terroristas ou paramilitares rebeldes. Esses grupos ganham o dinheiro de que precisam para adquirir aramas, forçando homens, mulheres e crianças a garimpar diamantes. Quem protesta termina morto, ou sofre ameaças de ter um membro amputado. A maior parte dos diamantes de regiões em conflito, vem da Angola, República Democrático do Congo, Costa do Marfim, Libéria e Serra Leoa.

Ou também, os diamantes são comprados por uma ninharia na África, são lapidados na Bélgica e depois vão para os Estados Unidos, onde são vendidos por milhares de dólares para todo o mundo.

Toda essa história veio realmente ao conhecimento de todos com o filme "Diamante de Sangue"  

O filme se passa em Serra Leoa em plena guerra civil, com constantes conflitos entre o governo e a Força Unida Revolucionária (FUR). Danny Archer (Leonardo DiCaprio) é um ex-mercenário nascido em Zimbábue, que se dedica ao contrabando de diamantes para a Libéria, de onde são vendidos a grandes corporações. Danny conhece o pescador Solomon Vandy (Djimon Hounson), que havia acabado de sair de um campo de mineração de diamantes, onde era obrigado a trabalhar. Lá ele encontrou um diamante rosa, que tinha cerca de 100 quilates. Solomon consegue escondê-lo em um pedaço de pano e o enterra. Sabendo disso, Danny (cheio de segundas intenções),  convence Solomon a lhe mostrar onde está o diamante e dividi-lo ao meio, e em troca Danny ajudaria Solomon a encontrar sua família. Há também a atriz Jennifer Connelly, que faz o papel de uma jornalista cobrindo os conflitos da guerra civil, e muito interessada em desmascarar os joalheiros que ajudam com as buscas pelos diamantes.

No decorrer do filme, a história vai se desenrolando e mostrando bem a atrocidade que é a busca pelos diamantes de sangue na África. A Organização das Nações Unidas (ONU) e outros grupos, estão trabalhando para promover melhor regulamentação, de forma a evitar que os diamantes de regiões em conflito cheguem ao mercado. Esses grupos instituíram o Processo de Kimberley, que monitora e certifica a procedência dos diamantes em cada estágio do seu processo de produção. Devido ao Processo de Kimberley, a ONU estima que cerca de 99,8% dos diamantes disponíveis hoje no mercado não provenham de zonas de conflito.