quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Futebol de Batalhão na I Grande Guerra

                        
                                      (Soldados da I Guerra Mundial)

Resultado da animosidade acumulada entre as potências européias, a Primeira Guerra Mundial eclodiu em julho de 1914. Os homens da época acreditavam na possibilidade de uma guerra rápida e localizada. Mas o que se viu foram quatro anos de combates sangrentos entre os soldados da Tríplice Aliança e da Tríplice Entente que, ao final da guerra, em 11 de novembro de 1918, levaram a Europa a um esgotamento total e a uma crise generalizada.

Em meio a tudo isso, na Inglaterra, o berço do futebol moderno, as discussões a respeito dos esportes de massa ganhavam cada vez mais importância.O Ministério da Guerra percebeu, então, que o futebol poderia contribuir para o esforço de guerra, assumindo um papel crucial na tentativa de integração nacional.

Foi com esse pensamento que William Joynson-Hicks, membro do Parlamento, incentivou a formação de equipes de futebol a partir de batalhões, que realizariam partidas de exibição por todo o país. Sua missão era recrutar voluntários para o combate, usando o slogan: Jogue o Grande Jogo e se Aliste no Batalhão do Futebol. Isso porque, na Inglaterra, não existia alistamento obrigatório (até 1916). Dessa forma, cada partida envolvendo astros-soldados poderia representar literalmente sangue novo para o front.

                                                 
                                             (William Joynson-Hicks)


Nesse contexto, teve maior notabilidade o famoso 17° Batalhão de Middlesex, conhecido como Os Extremados(The Extremers). Assim como tantos outros, seu papel era claro: despertar o nacionalismo através do futebol. Após quase um ano de turnê, enfim Os Extremados foram enviados ao combate. Sua presença na França foi um poderoso meio de propaganda, no momento em que o moral das tropas estava abalado e carecia de um reforço especial.

No entanto, a realidade da guerra foi também devastadora para os soldados-jogadores do 17° de Middlesex. De duzentos jogadores que passaram pelo batalhão antes do combate, cerca de trinta sobreviveram até fevereiro de 1918, quando Os Extremados foram finalmente desmobilizados. Então, em poucos meses de batalha suas lendárias performances nos campos de futebol foram transformadas em vagas lembranças de soldados dos campos de guerra.



                           Relação: Basquete e 1ª Guerra Mundial


Os soldados norte-americanos que lutaram na Europa na época da I Guerra Mundial jogavam basquete com freqüência nas horas livres, e acabaram contribuindo para a divulgação do novo esporte no velho continente. A cidade suíça de Genebra foi o local de criação da Fiba (Federação Internacional de Basquete Amador), em 1932, com oito países fundadores. Hoje, são mais de 300 milhões de praticantes pelo mundo, e a Fiba já conta com 214 países membros.
Os Estados Unidos não participaram da criação da Fiba, pois já tinham uma liga profissional, e a federação teve caráter amador até 1989. A liga norte-americana, mais conhecida como NBA (National Basketball Association), é a mais valorizada do mundo e possui regras próprias.
O basquete estreou oficialmente nos Jogos Olímpicos em Berlim-1936, embora já tivesse sido esporte de exibição em 1904, 1928 e 1932. Em 1951, foi realizado o primeiro Mundial masculino – o feminino começou a ser organizado dois anos depois. Nas Olimpíadas, o torneio de mulheres só começou a ser disputado em Montréal-1976.


Os soldados norte americanos também trouxeram na primeira guerra o vôlei.




 Em 1936, iniciou-se o movimento para a fundação de um órgão internacional que dirigisse o voleibol, o que só foi conseguido em 1947. A Federação Internacional de Voleibol congrega entidades nacionais para a orientação do esporte e promoção de competições, a mais importante das quais é o campeonato mundial, realizado desde 1949. O esporte passou a integrar a programação dos Jogos Olímpicos em 1964, no Japão.


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