A vida é uma peça de
teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance, ria, viva
intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termina sem aplausos.
Charlie Chaplin
Desculpem-nos
a demora para atualizar, com o fim do ano, o tempo para escrever os posts, ver
os filmes e os animes está BEM apertado. O grupo é formado por alunas do 3º ano,
então além do colégio (que já toma metade do nosso dia) temos o cursinho, as
aulas extras e o vestibular que está cada vez mais próximo. Não planejávamos demorar tanto para postar,
mas vamos compensá-los eu prometo.
Bem
voltando ao post – que provavelmente é o motivo de vocês estarem aqui – a
escolha do post foi um tanto pessoal
tanto para o lado do anime quanto para o artista que ele foi comparado. Kaleido
Star é um anime genial, com efeitos e música que encantam qualquer garotinha e
Charlie Chaplin é brilhante! Vi o filme dele Tempos Modernos na 7ª série e desde então passei a virar uma fã de
seu trabalho. Como acho que, talvez, nem todos estejam familiarizados com as
duas obras a serem retratadas irei introduzi-los em ambos os temas antes de
começar as comparações.
Charlie
Chaplin foi – é verdade por mais incrível que pareça! – ator, diretor,
produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino, roteirista e
musico britânico. Um dos mais famosos atores da era do cinema mudo, fez filmes
com grandes críticas sociais ao toyotismo e usava da comédia para tentar animar
o povo que enfrentava a grande depressão. As pessoas passavam fome, o
desemprego aumentava a cada dia, as pessoas eram despejadas e perdiam tudo. No
meio disso, apareceu Charlie Chaplin que mesmo que suas obras tivessem uma forte
critica social, eram recheadas de humor.
Kaleido
Star é um anime protagonizada pela jovem Sora Naegino, órfã criada pelo primo
de seu pai, que aos 16 anos vai para os Estados Unidos querendo trabalhar no
Kaleido Star (um circo que apresenta peças incríveis). No início, Sora não é
levada a sério, muitos achavam que ela não tem potencial para estar ali, mas
com o decorrer dos episódios, ela mostra o seu potencial – mesmo enfrentando
muitos desafios – fazendo apresentações incríveis no trapézio até ser a estrela
principal do circo Kaleido Star. A série tem várias tramas, mas a principal é a
luta de Sora para se tornar a verdadeira estrelas do circo ao mesmo tempo que
ela quer fazer uma apresentação que divirta o público e toque no seu coração
angelical.
Talvez com
essa pequena introdução alguns já tenham reparado em algumas coisas nas quais
Kaleido Star – Sora Naegino mais precisamente – e Charles Chaplin podem ser
ligados. Mesmo assim, irei mostrar o máximo de comparações possíveis e quem
sabe vocês próprios não façam as suas, isso seria interessante.
Para
começar ambos são artistas que fazem apresentações voltadas diretamente para o
público – tá isso foi óbvio – e que lidam com pessoas que haviam perdido o seu
sorriso (a sua alegria) e as ajuda a recuperá-lo. Charles animou uma nação que
tinha tanto sofrimento que sorrir parecia até pecado, com o American Way of
Life tendo se mostrado tão errado e o governo ainda pregando que o mercado se
arrumaria sozinho o povo foi o que mais sofreu. Sora chega a ter suas crises
chegando a abandonar os palcos – que artista não tem? – mas o seu grande
objetivo era não só fazer o público sorrir, como também quem estava com ela no
palco. Quatro personagens em que isso está bem acentuado são Layla, Rosetta,
May e Leon que ambos não sorriam mais.
Layla era a grande estrela e
protagonista do Kaleido Star mas que era fria e por mais que gostasse de atuar,
não se permitia mostrar emoções. Seu rosto era famoso por ser sempre sereno,
nunca mostrando o que sentia. Suas coreografias têm passos perfeitos, mas que
não transmitem sentimento. Layla aos poucos muda, mas só recupera realmente o
seu sorriso no ultimo episódio (também conhecido como 2º OVA – Legend of
Phoenix) quando passa a expressar suas emoções.
Rosetta é uma garota prodígio nos
diabolos que faz muito sucesso nas competições, mas leva tudo muito a sério e
não consegue cativar o publico – além de ser infeliz na vida pessoal. Tanto que
mais tarde um dos episódios que conta a história dela tem o título A
princesa que não conseguia sorrir. Sora demora muito tempo para fazer
Rosetta voltar a sorrir e utilizar os diabolos não apenas como rivais em uma
competição, mas como amigos com quem ela pode se divertir. Mostrando que é
importante amar o seu trabalho.
May aparece na segunda temporada
como principal rival de Sora querendo tirá-la dos palcos e ser a parceira do
famoso trapezista Leon. Tem uma coreografia agressiva, leva os problemas do
palco para a vida pessoal e não se diverte nunca. Ela só começa a aparecer mais
humana quando um dia a grande inspiração para May , Layla Hamilton, fala que
May jamais será como Sora. Que o motivo de Sora brilhar tanto, é que ela sabe o
valor de um sorriso, após esse episódio a jovem trapezista começa a notar como
era adversária dentro e fora dos palcos, como ela sempre se esforçava para
fazer o público sorrir e como qualquer pessoa
triste, podia se tornar seu público. No fim May muda e começa a dar
valor ao poder do sorriso.
A maior personificação sobre
recuperar a felicidade é Leon que aparece na segunda temporada como um
trapezista famoso, mas que não tem uma parceira. Todas as garotas que tentaram
ser suas parceiras no palco acabaram gravemente feridas e sendo
impossibilitadas de voltar a subir nos palcos. A única garota que Leon
considerava digna de ser sua parceria era Sophia sua irmã que morrera há alguns
anos, desde então, ele desconta suas frustrações nas suas parceiras. Com o
decorrer da temporada ele vê que Sora, além de não desistir e agüentar seu
treinamento rígido ainda consegue sorrir e fazer apresentações para criancinhas
pequenas. No final, ele acaba perdoando os fantasmas do passado e também
apaixonado por Sora.
Além disso tanto Charles quando
Sora fizeram sucesso nos Estados Unidos, tanto Charles nas telas quando Sora no
palco não podiam falar. Suas interpretações deveriam ser entendidas pelos
gestos do corpo.
Ambos ficaram incrivelmente
famosos, foram reconhecidos e atingiram suas metas. Os filmes mudos de Charles
– justamente por serem mudos – atravessavam fronteiras, não era preciso falar
inglês para entender a obra. Todos conseguiam com grande facilidade entender o
que acontecia. Sora no último capítulo quando apresenta com perfeição a Técnica
Angelical e atinge o coração angelical de todos – faz todos recuperarem seus
sorrisos – junta um número nunca imaginado de pessoas para assistirem sua
atuação. Pessoas de todos os lugares queriam assisti-la.
Talvez essas comparações sejam um
pouco curtas, consigo imaginar milhares de outras coisas nas quais os dois têm
em comum. Dei os exemplos mais básicos, mas mesmo assim espero que todos
apreciem a obra e quem puder comente algumas comparações que conseguiu fazer
sozinho. Isso seria bem interessante.
Seus sonhos são as asas que te ajudam a voar
(Kaleido
Star)
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