terça-feira, 2 de outubro de 2012

Independence Day e o super-heroi chamado Estados Unidos


Hoje, sempre vemos em filmes, series e ate noticias colocando como foco principal o norte-americano. Morte de Osama Bin Laden? Estados Unidos. Guerra do Afeganistão? A democracia voltou a ser estabilizada por causa dos Estados Unidos.
 Independence Day, por mais que seja um filme de 1996, nao deixa a ideia do norte-americano um herói ou o ‘melhor do mundo’ fora disso. Soube da historia desse filme de uma forma engraçada ate, estávamos estudando Doutrina Monroe em historia e tinha o pôster do filme, juntamente com uma sinopse do filme e no final, um comentário irônico: “e como sempre, os americanos saem como os únicos capazes de deter o inimigo e viram heróis”. Achei brilhante, serio! 





Este filme acaba transformando a Doutrina Monroe (“A America Para os Americanos”) para a Doutrina Whitmore (presidente no filme – “O mundo para os americanos salvarem”). Com um excesso ridículo de atos heroicos, o filme serve apenas para diversão. Se voce espera algo a mais sobre esse filme de ficção cientifica, voce pegou o filme errado, lamento informa-lo.
A historia do filme é uma invasão alienígena no dia 02 de julho, que faz com que emissoras de TV sofram com interferências, falhas, chuviscos e distorções. Um técnico de TV a cabo chamado David Levinson (interpretado pelo Jeff Goldblum) detecta um estranho sinal no sistema de satélites.
Enquanto isso, em Washington, o ilustre presidente Thomas J. Withmore (Bill Pullman) se reúne com o Secretario de Defesa e a assessora de imprensa Constance Spano e acreditam que foi apenas um cometa ou meteoro, ate que um comandante do Serviço Secreto vem com a noticia de que o objeto estava na orbita de nosso planeta. Varias naves de extraterrestres pousam em vários lugares no mundo, como Rússia, Iraque (irônico nao?), França, Inglaterra, Austrália, Alemanha e nossa ilustre São Paulo esta na lista tambem! Um capitão, cujo sobrenome era Hiller (Will Smith), consegue entrar em contato com a Casa Branca e avisa sobre o preparo de invasão dos ETs. Enquanto isso a Força Aérea esta numa missão de reconhecimento e boas-vindas a nave presente em Washington DC.  O presidente ordena a evacuação do maximo de pessoas das cidades atingidas, enquanto os alienígenas respondem com a destruição dos helicópteros da Força Aérea. Mais tarde, começa um ataque sobre os principais edifícios das cidades e o presidente foge da cidade.
No dia seguinte (3 de julho), o planeta faz um contra-ataque aéreo, sem sucesso. O secretario de defesa sugere um contra-ataque nuclear (nada fora do nosso conhecimento sobre os norte-americanos), que tambem falha.
Agora no dia 4 de julho, o dia glorioso para os norte-americanos, o dia da independência desde 1776, o técnico de TV a cabo, David descobre um vírus para desativar os escudos das naves, que impedia os ataques aéreos. Ele e o Capitão Hiller conseguem lançar no sistema alienígena o vírus, que permite que os exércitos do mundo todo ataquem com sucesso as naves. O exercito que é enviado para destruir a nave que pairava na área 51 (a base militar mais secreta do planeta) falha, fazendo com que outro americano, Russel Case (Randy Quaid) consegue destruí-la. Logo depois, David e Hiller disparam mísseis nucleares contra a nave-mae e a destroem. Toda a civilização da Terra se alegra pelo trabalho do exercito.
E novamente, os americanos são vistos como heróis ou os únicos seres na Terra. E nao são. Sei que nao podia esperar menos de um filme Hollywoodiano dirigido por um americano que é pura ficção, mas às vezes modéstia e realismo podem fazer bem...




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