segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A Menina Que Só Queria Estudar

A jovem de 15 anos Malala Yousafzai já era conhecida pelo mundo por lutar pelo direito das meninas paquistanesas de estudar e por denunciar os atos de violência promovidos pelo grupo terrorista contra escolas no Paquistão, ela mostrava isso através de um blog da BBC. Depois que foi baleada em um ônibus escolar no antigo reduto Talibã do vale do Swat, como punição por defender os direitos das mulheres à educação, não se falam em outra coisa.



A adolescente Malala Yousafzai é ativista dos direitos femininos e ficou famosa após publicar um blog na BBC Urdu (site da rede de comunicação britânica no Oriente Médio), em 2009, com textos nos quais descrevia sua vida após o decreto do Talibã que proibía as meninas de frequentarem a escola. Sua família também chegou a ser tema de um documentário sobre a vida no Paquistão.

Um porta-voz do grupo Talibã, Ehsanullah Ehsan, assumiu a autoria do atentado. "Ela era pró-Ocidente, estava falando contra o Talibã e chamando o presidente Obama de seu ídolo", afirmou em entrevista à agência de notícias Reuters. "Ela era jovem, mas estava promovendo a cultura ocidental em áreas pashtun", disse Ehsan. Os médicos estão tentando salvar Malala. Mesmo tendo escrito tudo sob pseudônimo, a jovem acabou descoberta e pode pagar com a vida por desafiar as regras dos radicais islâmicos.

A jovem paquistanesa Malala Yousufzai em foto divulgada nesta sexta-feira (19) pelo hospital Queen Elizabeth, em Birmingham

Malala já conseguiu ficar de pé com a ajuda da equipe médica pela primeira vez desde o atentado, informaram na sexta-feira (19/10/2012) os médicos responsáveis por seu tratamento em um hospital britânico. Por enquanto ela só está se comunicando através de algumas notas por escrito.

O grupo terrorista diz que se Malala sobreviver tentarão matá-la novamente, mas Malala já disse também que não desistirá de lutar pelo direito de estudar.

Há diversos vídeos e documentários sobre a menina na rede, vejam um do jornal americano The Nem York Times:

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